quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Vida madrasta



Ah, gloriosa vida insólita
Que não se apresenta de maneira comum
Cheia de desgosto, com gosto que não gosto
Da forma como se apresenta a mim!

E vens assim, indiferente a tudo que desejo
Alheia às minhas vontades
Descontrolada e incontrolada
Se controlada, não é por mim!

Não sou teu dono, nunca fui, nunca serei!
Em alguns momentos com atitude ignóbil
Em outros, simplesmente imbecil, vil
Madrasta má, de má vontade! Te amo!

Mas que amor é esse!
Provavelmente estocolmática!
Sob o domínio daquele que domina
Com a ameaça do providencial fim

Enfim, não há como fugir
Só adiar o momento por um momento
Tentar fugir do infugível. Amor fugaz!
Doença que vem com o nascimento.

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