Eram oito horas da manhã quando Fernando chegou à porta da sala de aula. Para variar atrasado. Todos os alunos estavam caladinhos debruçados sobre suas carteiras, metidos em exclamações que pipocavam do teste. Ricardinho entrou na sala totalmente atordoado. Então lembrou “hoje é teste de língua portuguesa” e lembrou também “não estudei nada! não sei nada!”. É! a situação não estava nada boa para ele.
A professora o viu parado em pé à porta e disse:
- Muito bonito Fernando!
-Obrigado pelo elogio professora. Minha roupa é nova.
A sala toda disparou gargalhadas como uma metralhadora.
-Ainda por cima é engraçadinho!? Retrucou a professora.
-É pra descontrair, fessora. Respondeu Fernando já sentando na cadeira.
Na verdade ele não estava querendo ser engraçado, estava tentando disfarçar seu pavor diante da situação de ter que fazer uma prova para qual não estudou nada!
Vida de estudante meu irmão. Às vezes depois de crescer e entrar na universidade não muda muita coisa.
Lembrei dessa história que algum dia contaram-me, mas não lembro quem, nem onde e nem quando. Lembrei porque estamos todos juntos aqui na sala de aula. A professora Gedite, como de costume, viaja em suas filosóficas explicações. Produções textuais. Muito bonito.
Estamos todos, pelo menos eu, embarcando no navio do conhecimento e das descobertas. Muito bom! Muito bom MESMO!
Aí, de repente do nada, ela vem com essa história de produção textual. Temos que produzir uma crônica, ela disse. Eu nem sei direito o que é isso! “Crônica”, só minha gripe que nunca vai embora.
Nessa hora me senti como o Fernando da história!
E surge o coro: Ham! O quê!? Vários resmungos e questionamentos. O porquê disso e o porquê daquilo. Os alunos estão em pavorosa. Se não tomarmos cuidado, tem aluno que vai se desmanchar em choro. Ela, então, explica que a nossa disciplina é de “Leitura e Produção Textual.” Não tem jeito meu irmão! Agora estou aqui nesta situação embaraçosa, que nem Fernando, olhando para o papel em branco. Não sei nada! A situação está “crônica” meu irmão!
Quer saber!? Acho melhor parar de pensar e começar a escrever alguma coisa!
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Por: Adriano Cantanhêde
Sigo vivendo a intensidade das emoções, guiado pelas circunstâncias dos acontecimentos.
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Amor de menino
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Oi, Adriano!
ResponderExcluirEu já mudei!
Já nem tô usando esse do terra, só o blogspot.
Vc, aqui? Que legal! Viu só como nossa cidade está castigada? Uma pena, né?
Bem, apareça na 'minha nova casa' e diz o que acha, tá bom?
Beijão!!